terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Coimbra, 22 de Janeiro de 1981
– A televisão acaba de transmitir algumas imagens
da entrada na Academia Francesa de Marguerite Yourcenar.
Às vezes o destino sabe ser correcto. Aquela que, desde as Memórias
de Adriano, nunca mais perdeu a majestade sapiente do imperador
biografado, merecia, de facto, receber um dia os louros do triunfo num
Capitólio das letras. Tão justamente, que, por obra e graça da consagrada, as
próprias pompas e insígnias, sempre controversas, assumiram excepcionalmente no
acto solene uma dignidade emblemática. Mais do que honrá-la, foi ela que as
honrou com a natural legitimidade de quem, nesta hora de negrura ocidental, dá
cesáreo e vivo testemunho de milénios de claridade greco-latina.
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