• Toma-se-me difícil falar do monstro interior que ora
me impele ora me retém e paralisa. (s/d)
• Memória de revistas teatrais da infância: «Ó Senhor
dos Navegantes,/ Isto agora é sem razão!/ Vai tudo pior que dantes/ Sem haver
concentração!» Decerto a respeito de José Luciano, cacique supremo
em cadeira de rodas: morador na Rua dos Navegantes. E esta: «Quem governa aqui!
És tu, ó banana,/ Mas quem manda em ti/ É a tia Luciana.» Já então o espírito
da criança selecionava os temas de ordem política…
• Este jornal de mais de trinta páginas ultradensas,
onde dificilmente se encontra uma peça de autêntica informação, nas mãos de uma
reduzida equipa de verdadeiros jornalistas, ficaria reduzido a não mais de
quatro ou seis páginas de absorvente e rápida leitura!
• Ouvido também na infância: «Lá está o cuco a cantar:
é sinal de vida longa!»
• –
Como explica você o seu relativo isolamento?
– Em primeiro lugar só estou isolado na
aparência, pois vivo em contacto constante com o nosso mundo através de todos
os possíveis média; segundo, pela imposição de um trabalho escrupuloso;
terceiro, porque me julgo e sinto de uma humildade extrema, conjugada com um
excessivo, intolerável orgulho.
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