[1968], 5 de novembro
De vez em quando, sangrento de
crimes cometidos e por cometer, chamo-me pulha, bandido, miserável, indigno,
infame, hediondo… Mas – coisa curiosa! – depois deste jogo de insultos ao
espelho, em vez de me sentir envergonhado de tanta miséria podre, fico pelo
contrário mais leve, perdoado – como
os católicos depois da confissão… Que sou eu, no fim de contas, senão uma
espécie de católico agnóstico?
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