• Anoitece, e o terror
entra com ele: a ideia das trevas, das intermináveis horas de silêncio e
solidão, de vazio, e o esforço cada vez maior de ler! A atenção dispersa por
mil pensamentos desconexos, o trabalho impossível – tudo o leva a pensar no
suicídio de Von
Kleist, de Antero,
de Gravivet, de tantos mais!
• Este, ao contrário,
quando a noite cai, acalma e rejubila: decresce o rumor e a dispersão agitante
do exterior, a luz torna-se estática, invariável: na ausência do sol acabam-se
as sombras, que deixam de girar como os ponteiros de um relógio. Está só,
descontraído, acodem-lhe os pensamentos, expande-se como um gás no espaço
livre. E assim chega a sentir-se optimista e feliz!
• Comentando o artigo de
um crítico bem-intencionado, mas de curta visão, a respeito de uma obra sua, o
escritor disse: «Depois de ler isto, não creio que haja um só leitor que ouse
comprar o meu livro!» E um amigo: «Felizmente poucos dão ouvidos aos críticos!»
• Dos apontamentos de um
colegial: «A decadência de um indivíduo mede-se pelo número de décadas que ele
tenha vivido.»
Sem comentários:
Enviar um comentário