SONAMBULISMO
Não me perguntem pela alma, agora,
Que não sei responder.
Mesmo o poema tem de ser sucinto.
Nestes dias assim,
Baços, horizontais,
Em que a terra é de cinza e o céu de fumo,
Ou a vida me mente,
Ou eu lhe minto.
Sofro como que ausente
Da própria dor que sinto.
Miguel Torga
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