O que eu sonho!
A fé que ponho
Na imaginação!
Digo à razão
Que sim, que desvario
Nesta humana aventura,
E ergo mais a lança em desafio
E desço mais o elmo da loucura.
Nada conquisto, porque são moinhos
Os gigantes que encontro nos caminhos
Das minhas digressões.
Mas combato,
Combato
E desbarato
As próprias ilusões.
Coimbra, 11 de Março de 1981.
DIÁRIO (XIII), Miguel Torga
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