ESPELHO
Ah, olhos da velhice
Cheios de sol passado
E de sombra futura!
Ah, faróis de lonjura
Sem luz de esperança!
Meus olhos de criança
Cansados de o não ser.
Meus olhos de vidente
Condenados a ter
A bruma do presente
Como razão de ver.
MIGUEL TORGA – DIÁRIO XIII
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