segunda-feira, 30 de julho de 2012

Coimbra, 30 de Julho de 1980.

     REGISTO

Canto agora em surdina.
Se ergo a voz, desafino.
Em vão me desentranho e obstino:
Erro os versos agudos do poema.
Grave, a alma só sabe articular
Graves sons murmurados,
Prelúdios de silêncio dedilhados
Num alaúde lasso.
Soluços soluçados
A compasso…
Miguel Torga

Sem comentários:

Enviar um comentário